A vinícola Boutari, produtora desse vinho, é uma das maiores (senão a maior) da Grécia. Eles produzem diversos rótulos, que passam por castas conhecidas como Merlot, Cabernet Sauvignon, mas também têm algumas uvas autóctones, como é o caso da Assyrtiko, que é usada para fazer esse vinho.
Produzido nas Ilhas Egéias, é um vinho de bastante caráter. Apresenta uma coloração amarelo ouro bastante límpida e brilhante.
No nariz os aromas abrem-se com o tempo e é possível perceber algum petroláceo como borracha, um toque mineral e também algo mais adocicado no final, lembrando mel. Alguns dizem que a Assyrtiko lembra a Riesling. Realmente alguns aspectos no nariz me lembraram essa casta.
Em boca tem uma boa acidez e um retrogosto franco e até relativamente longo. A mineralidade é ressaltada na boca, trazendo inclusive sabores um pouco salgados. Essas características são provenientes da posição geográfica onde se encontram os vinhedos, em conjunto com o solo. Ou seja, o Terroir.
Foi provado com macarrão na manteiga com queijo parmesão. Ficou muito bom. A untuosidade do molho do macarrão foi bem absorvida pelo vinho, formando um belo conjunto.
Esse (e outros rótulos da Boutari) é importado pela Vinci em São Paulo e é encontrado também em algumas casas especializadas. Vale a pena provar para conhecer um vinho branco com características diferentes das tradicionais.
Custa em torno de 60 reais, o que me pareceu um bom preço.
Abraços
Daniel Perches
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