Aproveitando a trégua que o calor nos deu, pude almoçar uma boa carne acompanhada de um vinho tinto (sem sair suando do restaurante).
O lugar escolhido foi o Barbacoa, ótima casa especializada em grelhados e que exibe uma carta de vinhos farta, que inclusive seria perfeita se fosse mais barata.
Como nessa época eles apresentam um menu especial de cordeiro, aproveitei e provei a picanha baby. Uma carne muito saborosa e com pouca gordura.
Pra acompanhar, escolhi esse vinho, que é o mais básico da Casa Ferreirinha, que eu estava querendo provar a tempos. Essa é a mesma vinícola que faz o tão famoso Barca Velha. E se eles produzem esse ícone mundial, eu sabia que não poderiam fazer um vinho de linha básica ruim. O Esteva é produzido no Douro, com as uvas Touriga Franca, Tinta Barroca e Tinta Roriz, todas bastante características de Portugal. Segundo o próprio produtor, é um vinho para o dia a dia e deve ser consumido jovem.
Vinho provado e as minhas impressões foram as seguintes:
Em taça mostrou uma coloração bastante escura e quase sem nenhum halo de evolução.
No nariz, uma bela gama de aromas, passando por frutas vermelhas com destaque para ameixa passa. Um toque de madeira molhada também apareceu por lá, terminando com um leve aroma empireumático, tendendo para fumaça mesmo. Não houve grande evolução de aromas com o tempo.
Em boca mostrou-se potente, como um bom vinho português jovem deve ser. Potente, mas equilibrado. Foi uma boa combinação com a carne de cordeiro.
É um ótimo vinho que vai inclusive para a minha lista de boas compras e compras seguras. Importado pela Zahil, custa em torno de 45 reais. Bom preço pela sua qualidade. O preço cobrado no restaurante eu prefiro nem comentar aqui, pois esse sim é abusivo. Quem sabe um dia os estabelecimentos mudam a sua forma de tratar o vinho, e aí sim conseguimos popularizar essa bebida que tanto nos agrada…
Um abraço
Daniel Perches
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