É sempre bom ir a um restaurante e saber o vinho que vai beber. Sim, mas também é legal estar aberto para novas experiências e, em muitos casos (na verdade na grande maioria), uma boa idéia é pedir uma sugestão para o sommelier ou o proprietário da casa. Eles vão sempre zelar pela qualidade dos vinhos que estão oferecendo, e no final, quem sai ganhando somos nós.
Foi assim que eu conheci esse Cavia Reserve, um Argentino da uva Tempranillo, que é produzido na região de Mendoza, bastante conhecida por nós. Seus vinhedos ficam em altitudes elevadas, com mais de 1.000 metros. Isso é bom pras uvas, que recebem uma grande amplitude térmica durante quase todo o ano (vamos falar sobre a importância da amplitude térmica em breve aqui no blog).
Mas vamos ao vinho: no nariz, aromas de frutas vermelhas frescas com um destaque para alguns primários como bosque fresco e algumas especiarias.
Na boca, o vinho é macio e redondo. Tem um álcool forte, mas que eu achei que combinou bem com a estrutura dele. É um vinho gastronômico, que precisa de um bom prato, que pode ser até um pouco apimentado. Foi bem com os risotos da noite. Se eu tivesse que sugerir um risoto pra ele, diria que um de lingüiça de javali seria o ideal. Vai bem também com carnes assadas ou grelhadas.
Seu final é redondo e de média persistência, mas muito agradável. É importado pela MMV e foi degustado no Armazem Gourmet, em Campinas. Lá, estava em torno de R$ 60,00. Um preço justo pelo ótimo vinho.
Se quer tentar um bom Tempranillo argentino, nessa faixa de preço, recomendo o Cavia.
Um abraço
Daniel Perches
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