[Vinícolas da Argentina] Septima

A primeira vez que eu tive contato com um vinho da Septima foi quando ganhei uma garrafa de um Malbec. Provei e gostei. Daí comprei mais uma ou duas e sempre tenho esse vinho na minha cabeça, pra quando precisar de um Malbec potente, bem presente e com um bom preço.

Mas quando estive em Mendoza, no final de 2011, pude visitar a vinícola. E quando se está in loco é bem melhor. Dá pra conhecer melhor a filosofia dos vinhos e no meu caso, pude provar outros também.

A Septima é do grupo espanhol Codorniu, que é um dos gigantes do mundo do vinho. Você já deve ter ouvido falar nos seus espumantes (Cavas), que são amplamente consumidos, ao que me parece, em muitos países. A Septima é a sétima bodega deles, daí o nome. E sete é um bom número!

Alguns dos vinhos e espumantes que eu provei não chegam ao Brasil (e tudo da Septima é importado pela Interfood/TodoVino), mas vale a pena conhecer. Se for pra lá, agende. A visita custa 25 pesos e se puder ir ao entardecer, você poderá ficar lá no terraço curtindo a paisagem, bebendo bons vinhos e comendo alguns petiscos.

Os vinhos que eu provei foram:
Maria Codorniu Sur
Feita com Chardonnay do Valle del Uco, pelo método tradicional. 60 % fermentou em tanque. Passa um bom tempo em contato com as leveduras, o que confere aromas de fermentação. Bem untuoso em boca, final marcado, mas não muito forte.

Septima Sauvignon Blanc 2011
Eles fazem 3 colheitas em diferentes tempos (diferença de semanas) para ter um melhor vinho.
Aroma de maracujá forte, com leve toque de terra, pêssego. Vai se abrindo, mas não fica muito doce. Achei que poderia ter um pouco mais de acidez.

Septima Noche Pinot Noir 2011
O álcool pode aparecer, então é melhor provar ele mais resfriado. Bastante fruta, café, final café e chocolate, mas com um toque de torrefação.  8 meses barrica.

Septimo Dia Cabernet Sauvignon 2009
Foi o meu preferido do dia. Esse tem 14,5 de álcool, mas em temperatura ideal não se sente, mas é melhor não deixar esquentar.
Aromas doces com leve toque de geléia, de café. Bem redondo e fácil de beber. Da pra guardar ainda, mas já esta bem agradável. Bom final. 10 meses barrica. Vai evoluir um pouco em alguns anos.

Sétima Gran Reserva 2009
50% Malbec, 40% Cabernet Sauvignon, 10% Tannat.
Cor muito intensa e violácea, ainda mostrando-se jovem. Precisa aerar, em boca é bem intenso e com taninos muito presentes. Guardaria por mais alguns anos.  12 a 16 meses em barricas. Acho que faltou um pouco de corpo para ser um “ícone”, se comparado com os outros malbecs de Mendoza, mas é um bom vinho.

Se você fizer o passeio e puder aproveitar o restaurante, depois me conte.

Um abraço

Daniel Perches


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