Veja como foi o 1o Dia do Semana Mesa SP

Veja aqui um resumo das palestras de vinho do primeiro dia do evento da Prazeres da Mesa.

 

Prova com Vinhos Verdes portugueses que casam muito bem com nosso clima tropical

Vinho Verde. Não há outro assim. Com esse slogan a Comissão de vitivinicultura da Região dos Vinhos Verdes vem ao Brasil para mostrar seus produtos.

E o slogan realmente reflete a singularidade dessa região demarcada em 1908 e que produz em sua maioria vinhos brancos.

Segundo Bruno Almeida, representante do Instituto dos Vinhos Verdes, a região é sinônimo de frescor e de vinhos que que podem ser degustados desde o começo de uma reunião na beira da piscina, passando por um prato principal e terminando com uma boa sobremesa.

E para mostrar a versatilidade dos vinhos, o Instituto apresentou um painel com 5 vinhos, passando por brancos varietais, de corte, e por fim um rosé, feito com a uva Vinhão, que apresentou aromas muito abertos de frutas vermelhas, adocicado e fácil de beber.

E se você ainda tem dúvidas sobre a origem do nome dessa região, saiba que não é por tratar-se de vinhos feitos com uvas verdes. Por lá produz-se só com uvas maduras, mas a paisagem verde monta um cenário que não poderia passar despercebida.

Com o calor que faz no Brasil, degustar um vinho branco da região dos Vinhos Verdes pode ser uma boa experiência.

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Prova vertical inédita de Drappier Grande Sendrée conduzida por Michel Drappier

Mostrar a evolução do Champagne Grande Sendrée ao longo de 20 anos foi a proposta de Michel Drappier, proprietário de uma das casas mais tradicionais de Champagne.

Michel e sua família são entusiastas da Pinot Noir, que ocupa 70% de seu território. Chardonnay e Pinot Meunier tem boa parte do território, que é dividido também com castas menos conhecidas como a Petit Meunier e a Arbanne.

Os Champagnes Grande Sendrée são os tops da vinícola e mostram-se muito elegantes, independente da safra. São produzidos somente em anos em que a produção é de alta qualidade e um fato interessante é a sua composição, que nunca muda: sempre 55% Pinot Noir (vinificado em branco) e 45% de Chardonnay. O que muda é a parcela de onde vem o vinho base.

Começando com a 2005 que ainda está jovem e pode ser guardada por um bom tempo, passando pelas safras de 2004, 1998, 1988 e chegando na 1985, que está em sua plenitude e apresenta aromas mais evoluídos e muito complexos, todas as safras impressionaram muito pela sua alta qualidade.

Depois da degustação, a felicidade de Michel Drappier foi nítida. Esperamos que ele repita esses bons momentos mais vezes aqui no Brasil.

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Brancos e tintos argentinos produzidos em diferentes regiões e com uvas distintas que mostram a diversidade da terra do Malbec

O Sommelier do Grupo Emiliano, Gianni Tartari, apresentou um painel de vinhos brancos e tintos argentinos de diferentes regiões com o intuito de mostrar que o país pode produzir bons vinhos além da tradicional Malbec.

As uvas tintas correspondem a 70% do total plantado no país e seguem um padrão mundial, mas vale a pena atentar-se às variedades brancas, como a Torrontés, uma uva bastante aromática, que tem um grande destaque para os toques florais.

A Sauvignon Blanc também mostrou-se bastante interessante, com aromas delicados e bem integrados.

Dentre as uvas tintas, a Malbec reina absoluta em quantidade plantada, sendo seguida pela Bonarda e pela Cabernet Sauvignon e para compor o painel Gianni apresentou vinhos das uvas Pinot Noir, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon e claro, vinhos feitos com Malbec.

O destaque foi para o La Celia Heritage Cabernet Franc 2007, que mostrou-se muito cheio e rico de aromas, com bom potencial gastronômico.

Em um painel tão eclético, ficou bastante claro para os participantes que a Argentina vai muito além da Malbec e que vale explorar diferentes castas, pois as surpresas podem ser muito boas.

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O vinho no Brasil, onde estamos e para onde vamos, por Didú Russo

Didú Russo é colunista da Revista Prazeres da Mesa e trouxe para o evento uma discussão sobre a situação do setor vitivinícola nacional. Segundo Didú, alguns problemas e entraves contribuem para a lentidão no crescimento do consumo e principalmente na disseminação da cultura da bebida entre os brasileiros.

A falta de autenticidade e de uma melhor mensuração da quantidade de consumo dos vinhos verde-amarelo foi bastante ressaltada pelo colunista como os principais problemas, mas nenhum deles chega nem perto dos impostos, que oneram fortemente o preço final da garrafa para os consumidores.

Durante uma interessante linha de pensamento, Didú mostrou todos os passos por onde passa uma garrafa de vinho, desde a vinícola até a mesa do restaurante, pontuando cada etapa com os impostos e custos que envolvem esse processo.

Para finalizar, Didú brindou com espumantes, vinhos brancos e tintos brasileiros e convocou todos a uma maior união do setor, para que possamos todos melhorar a qualidade do vinho no Brasil, em todas as instâncias.


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