Tokay Oremus 3 Puttonyos 2000

Para brindar o final do ano de 2010 com alguns amigos, nos reunimos em um restaurante em Campinas e eu cumpri a minha promessa (afinal de contas, a gente não deve deixar de realizar as promessas durante o ano) de levar um Tokay para provarmos. Aliás, foi um belo dia, com grandes vinhos (Mendel 2005 e Zeta 2004).

A Tokay Oremus é uma das bodegas da famosa empresa espanhola Vega Sicilia, que tem o mítico vinho do mesmo nome, além de alguns outros “objetos de desejo” de todo enófilo.

Esse é feito com 3 puttonyos, ou seja, com 3 sacos de uvas botritizadas (ou atacadas pelo fungo da “podridão nobre”, como queiram)  e depois de 10 anos de engarrafamento, mostrou-se um vinho ainda muito jovem. Mas o que mais impressionou não foi nem a sua jovialidade, mas sim como ele evoluiu tão rapidamente em taça. Ao ser servido, o vinho mostrou aromas cítricos muito fortes, com leve toque até herbáceo. Com alguns minutos já começou a mudar de aromas, partindo para frutas secas, como damasco e até um toque de figo turco e cada vez com mais mel.

Cada volta à taça, encontrávamos um vinho diferente. E cada vez melhor! Se você tiver um desses em casa, recomendo fortemente que abra e deixe-o respirar por pelo menos meia hora e depois deguste calmamente. Fazendo assim, você vai se impressionar, afinal de contas, não é à toa que se criou esse grande mito em relação aos vinhos produzidos nessa região da Hungria, e que todo mundo é tão fascinado por esse vinho de sobremesa.

No dia tentamos harmonizar com um petit gateau feito com um pouco de ruibarbo que levei para o meu amigo Emerson (outra dívida paga), mas não deu certo. Eu preferi comer a sobremesa e depois degustar calmamente o vinho.

Serviu pra eu me lembrar o quanto eu gosto dos Tokajis.

E se você quiser saber mais sobre a elaboração desse vinho tão cobiçado, veja as definições da Wikipédia sobre o que é puttonyo e podridão nobre.

Um abraço

Daniel Perches


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