Por dentro da Pol Roger #champagne


Em minha viagem à região de Champagne por conta da feira Viteff, eu estive em algumas casas de Champagne. Umas interessantes e outras nem tanto. E aí me surgiu a oportunidade de visitar a Pol Roger, que sem dúvida, é uma que merece atenção especial.

Famosa (e com razão), essa casa tem uma longa tradição, que começou em 1831 quando Pol Roger tinha 18 anos. Sim, apenas 18 anos e o cara já estava fazendo champagne, mas ele  vendia para outras casas. Depois de um tempo, quando provavelmente viu que valia mais a pena fazer o seu próprio, ele fundou a Pol Roger que é hoje.

A Pol Roger foi a primeira casa a enviar champagne para o Reino Unido e Pol, um cara que era visionário, fez um champagne com um pouco menos de aççúcar, pois naquela época todos eram bem doces. O pessoal gostou e ele se deu bem.

Quando o fundador morreu, decidiram mudar o sobrenome deles de “Roger” para “Pol Roger” e hoje a casa está nas mãos da 5a geração, que tem 89 hectares  que correspondem a 50% da produção. A outra metade é de uvas compradas. Eles fazem  1,7 milhões de garrafas por ano e ficam na Avenue du Champagne, a mais famosa de Epernay, onde estão as maiores e mais conhecidas casas. A nova vinícola foi feita em 2004, com toda a produção por gravidade e por lá tudo é muito limpo e bem organizado.

O mais legal da visita obviamente é descer nas caves, que são na verdade grandes salões embaixo das ruas de Epernay. A deles tem 7 km de extensão e por lá eles estocam 9 milhões de garrafas.

Há uma regra em Champagne que as garrafas devem ficar pelo menos 18 meses em contato com as leveduras para depois irem para o mercado. Na Pol Roger eles mantém por mais tempo e a Cuvée Winston Churchill, top da vinícola, fica 11 anos guardada antes de sair para o mercado.

Há uma sala especial lá embaixo que é uma cave da família, que guarda grandes tesouros como esses que você vê na foto.  Essas garrafas antigas não são vendidas e são dadas para caridade.

Há também a Cave do Churchill, que abriga os champagnes tops. O primeiro Churchill foi feito em 1927, 10 anos depois da morte dele. Churchill era um grande cliente e a família Pol Roger tem amizade com a família Churchill até hoje.

Quando passei por lá tive a sorte de ver eles fazendo o dègorgement, que é o processo de retirar as leveduras que fizeram a segunda fermentação dentro da garrafa de champagne. veja abaixo o vídeo.


Ao final pude provar dois grandes champagnes que você vê abaixo. Esbanjam elegância e qualidade e são daqueles que a gente não erra. Um Pol Roger, mesmo que não seja um safrado como esses que eu bebi, é alegria na certa.

Se for à Epernay, em Champagne, veja se consegue agendar uma visita. Vale a pena. Se não conseguir, fica a dica para a compra.

Pol Roger 2004 Rosé
65% Pinot e 35% Chardonnay só de parcelas de Premier e Grand Cru.
Muito elegante mas bem potente no nariz e principalmente na boca. tem um ataque inicial forte, mas depois deixa um toque bem delicado na boca. Gastronômico, mas eu sinceramente gostaria de beber ele sozinho.
Blanc des Blancs 2002
100% Chardonnay só de parcelas de Premier e Grand Cru.
Frutas brancas leves, toques cítricos bem ao fundo, com aquele fermento bem de leve. Perfeito para um bom jantar com frutos do mar.


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