Golan Heights, a vinícola de Israel (e de respeito)


As discussões em torno das origens do vinho são grandes. São vários os países e regiões que dizem serem os primeiros a vinificar uvas. Eu fico só acompanhando essa “briga” de longe e aproveitando para provar vinhos feitos nessas áreas mais antigas da civilização, o que é sem dúvida interessante.

E recentemente eu provei os vinhos da Golan Heights, lá de Israel. O pessoal esteve aqui no Brasil para uma série de apresentações e eu pude comprovar a qualidade que eu já tinha ouvido falar e na verdade até provado um dos vinhos deles, há um bom tempo. Essa vinícola é uma das maiores daquele país e produz mais de 6 milhões de garrafas por ano, com aproximadamente 30 castas diferentes. Essa grande variedade de uvas tem um motivo: há alguns anos, por questões políticas (e de guerras), os campos foram devastados. Depois disso, não sabiam ao certo qual uva seria mais apropriada para o plantio, então a solução foi fazer testes com várias cepas para voltar a conhecer o terreno. Coisas da humanidade, que nem sempre é muito racional. Ainda bem que os vinhos perdoam e voltam a florescer por lá.

Veja abaixo um pouco sobre cada um deles, prepare a sua taça e se tiver interesse, aprofunde-se na história da Golan Heights ou até mesmo do país, ambas interessantes. Todos os vinhos são feitos seguindo a filosofia Kosher.

Yarden Chardonnay 2012
R$ 99
Um Chardonnay que expressa bem as características da uva, com aquele toque clássico de abacaxi. Passa por madeira, mas não é enjoativo, mantendo um bom frescor. Gastronômico e que pede um bom prato para acompanhar.

Yarden Pinot Noir 2008
R$ 187
O mais interessante desse Pinot Noir é que ele é diferente de qualquer outro Pinot que eu já tenha provado. Notas tostadas e de especiarias e uma cor bem forte marcam esse vinho. Vale a pena e duvido que alguém descobriria que é um Pinot Noir às cegas.

Golan Heights Yarden Cabernet SauvignonYarden Cabernet Sauvignon 2009
R$ 203
Vinho muito potente e também expressando bem a característica da uva. Boa acidez e muito corpo. Para mim, ou vai com uma boa comida ou tem que ser bebido devagar, até porque é um vinho longo e que fica marcado na boca por um bom tempo.
No mesmo dia provamos também o Cabernet Sauvignon 2001, para comprovarmos a longevidade. O vinho estava perfeito e ainda em plena forma. Pelo jeito, dá para guardar esses vinhos para um envelhecimento e para ganhar mais complexidade de aromas.

Yarden Muscat 2011
R$ 87
Vinho de sobremesa que tem aqueles toques de laranja, mel e macadâmia. Não foi o que mais me chamou a atenção, mas é um bom vinho de sobremesa. Valeu mais pela curiosidade de provar um vinho de sobremesa de Israel.

Se você também gosta de desbravar novos países no mundo do vinho, vale a pena conhecer os da Golan Heights. Eles são comercializados pela Inovini no Brasil. E se for a Israel, talvez seja interessante visitar essa vinícola. Dá uma olhada como é por lá nesse link.

Um abraço

Daniel Perches

 


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