Degustação Vertical de Marques de Casa Concha Chardonnay


Degustação vertical é aquela que se faz com um mesmo vinho, mas com safras diferentes. É legal para ver como o vinho evoluiu com o tempo, qual o seu potencial de envelhecimento e também para conhecer como foram as safras mais antigas, afinal de contas, muita coisa pode mudar durante os anos.

E foi isso que fizemos com o vinho Marques de Casa Concha, da Concha Y Toro, a maior potência chilena (e uma das maiores do mundo). Os vinhos foram gentilmente oferecidos pelo nosso amigo blogueiro Jeriel da Costa, que guardou as garrafas com muito carinho e nos brindou com esse momento tão especial.

Avaliamos 3 safras do Marques de Casa Concha Chardonnay e na sequência avaliamos alguns tintos, que eu comentarei depois.

Safra 1997
 Esse vinho foi uma raridade. Não é fácil encontrar um Marques de Casa Concha com essa idade. O vinho ainda estava vivo, apesar de mostrar já claros sinais de envelhecimento, mas para muitos, foi eleito o melhor vinho da noite. Aromas de frutas maduras (abacaxi e um toque de carambola) e toques adocicados no final. Na boca já não tinha toda aquela acidez característica da Chardonnay, mas é claro que demos o desconto pela sua idade. Um vinho bem untuoso e que acompanhou muito bem as ostras em conserva que provamos para acompanhar. Vinho bastante gastronômico.

Safra 2003
Talvez uma das melhores safras do Chile. É claro que esse estava menos evoluído e mais vivo que o 1997, mas já apresentou algum sinal de complexidade tanto de aromas quanto de sabores, que com certeza vieram com o tempo em garrafa. As frutas no nariz estavam mais frescas e apresentavam um leve toque cítrico. Na boca também estava um pouco mais vivo e o cítrico também se confirmou aí. É um vinho que está pronto para o consumo, mas se quiser, pode ser guardado ainda por mais alguns anos e terá com certeza um vinho mais complexo. Não sei se chega ao ponto do 1997, mas vale a pena tentar.

Safra 2007
O mais interessante foi provar esse vinho ao lado do 1997, feito 10 anos antes. Esse estava extremamente jovem, com todos os seus aromas muito frescos, acidez em alta e final bem forte. É claro que dá pra beber agora (e é o que nós sempre fazemos, não é?) mas acabamos de provar que dá pra guardar o Marques de Casa Concha Chardonnay por alguns anos que esse vinho não vai se perder. Pelo contrário, ele vai é ficar muito melhor. Então se você tiver uma garrafa desse vinho e conseguir esperar, não se preocupe, pois será recompensado.

 

E assim terminamos a nossa degustação dos brancos e partimos para os tintos. Em breve aqui no blog.

Um abraço

Daniel Perches


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